A arte que me habita
- Mariana Leila Nascimento Collin
- 2 de set.
- 2 min de leitura
Arte é a linguagem da alma. E minha alma tem muito a dizer.

Tive a sorte e o privilégio de crescer em um ninho onde a criatividade e a expressão artística não apenas eram bem-vindas, mas celebradas e encorajadas. Quando criança, amava criar mundos, inventar brincadeiras e universos imaginários, sempre incentivada pela minha mãe, que nutria essas possibilidades. Com o passar do tempo, ao me tornar uma jovem estudante e profissional, fui deixando essa parte de mim pelo caminho. O mental e o racional passaram a dominar meu cotidiano, e a criatividade se limitou a resolver problemas práticos ou atender às demandas profissionais.
Até que, em 2017, o teatro cruzou meu caminho e, com ele, a chance de brincar novamente com fantasias e explorar personagens, que, no fundo, também viviam em mim. Em 2022, a dança veio me mostrar que meu corpo queria falar, se expressar de formas que eu ainda não conhecia. Nessa mesma época, descobri novos universos musicais, revelando o poder transformador e curativo da música. Este ano, a pintura se apresentou como um portal para expressar e experimentar novos "possíveis".
Possíveis de sentir, criar e ser.
Essas formas de expressão criativa têm me surpreendido, não apenas pela imensa sensação de bem-estar que trazem, mas também, e talvez principalmente, pelas constantes revelações de novos aspectos de mim mesma. Tenho descoberto versões de mim que até então desconhecia, que por muito tempo estiveram adormecidas, marginalizadas, ignoradas, e agora pedem passagem.
Fazer arte é um mergulho na diversão e no prazer da criação. É um caminho para estar presente com minhas emoções, enxergá-las, permitir que venham e transmutá-las. É um dos meios pelos quais permito que meu inconsciente traga à superfície as mensagens que precisam ser vistas e elaboradas pelo meu eu consciente. Permitir minha expressão artística é liberar a voz da minha essência em toda sua autenticidade.
Hoje, entendo que ser um canal para a expressão criativa do meu ser é parte fundamental do meu propósito. Bloquear esse fluxo seria ir contra a corrente da vida. Arte, para mim, é a voz da alma pedindo espaço para ecoar no mundo. Arte, para mim, é o sustento do sopro vital que me anima.
E vocês, brincam de fazer arte?



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